Sustentabilidade - Medidas fáceis de implementar no nosso dia a dia

por RETRY CD 1 Comentário

Sustentabilidade - Medidas fáceis de implementar no nosso dia a dia

O conceito do Pronta a Vestir foi introduzido durante a Revolução Industrial entre os séculos XVIII e XIX.

A tecnologia desenvolveu-se de forma a conseguir criar roupas em série e padronizada que gerou o aparecimento de uma classe trabalhadora mais atraente e bem vestida do que até então e com modelos mais práticos, confortáveis e baratos.Toda esta inovação deu origem a uma sociedade diferente, onde todos se sentiam mais livres de tantas formalidades e com maior poder de compra

Mais tarde, já no século XX, com vista a baixar ainda mais os preços praticados, as empresas mudaram os processos de produção para países em desenvolvimento, onde a mão de obra era mais acessível.
A mudança no modo de fabrico e consumo de roupa deu origem ao modelo de produção em massa que hoje conhecemos. Desde aí, tem-se assistido a um ritmo acelerado de produção e consequente compra de vestuário.Este fenómeno conhecido por fast-fashion é um dos maiores responsáveis pela pegada Ecológica.

O mundo fashion está sempre em evolução e é quase impossível não associar evolução à tecnologia, afinal, é essa a era em que vivemos.A tecnologia permite-nos criar novas combinações, estabelecer novos relacionamentos, novas interações e está muito mais presente na indústria da moda do que se pode imaginar.A te porque falamos de uma das indústrias mais poluentes.
O manifesto da sustentabilidade tem sobretudo motivos comunicativos: serve para transmitir, num momento crucial para a moda, de forma eficaz e concisa e com grande impacto, o trabalho que se faz nos bastidores, num momento crucial para a moda.Este manifesto conta a história das roupas e acessórios desde a criação, transformação e apresentação nas lojas . Serve, portanto, para divulgar e situar os problemas que estão surgindo e ainda para justificar o que ainda não se fez por falta de tempo embora tenhamos consciência que o maior desafio é justamente contra o tempo. Além das boas intenções, são necessárias ações urgentes, soluções práticas, ideias eficazes e um esclarecimento mais concreto junto dos consumidores dos malefícios a que estamos expostos.

A verdadeira arma, portanto, é chamada de consciência . Você precisa saber que as marcas estão realmente dando grandes passos à frente. Por exemplo, uma boa “regra” que as empresas estão usando, como compensação dos excesso de poluentes que produzem(fruto das apresentações de suas inúmeras coleções,)é a compensação por meio de projetos de reflorestamento.

0 futuro passa pela moda circular e o uso da tecnologia.É um fator imprescindível para que a mudança de hábitos aconteça mais rápido.
Redesenhar a indústria da moda na direção da economia circular é um desafio e também o reflexo de um mercado com urgência de transformação.

É impossível falar do amanhã sem associar à palavra “sustentabilidade”, ou falar do futuro da moda sem falar em “moda circular”, afinal, há muito se discute sobre a escassez e uso desenfreado de nossos recursos naturais.

O Consumo Consciente é o futuro da moda que está cada vez mais digital, criativa e sustentável.
Temos hoje uma enorme quantidade de ferramentas tecnológicas que nos ajudam no desafio de evitar o desperdício e construir um mundo mais justo e sustentável.


A empresa Tommy Hilfiger,através do e-commerce, está já com a produção digital a todo vapor e estima-se que as vendas da próxima coleção nesse formato tenham início ainda em 2022. Ou seja, as peças da marca não serão físicas até que de fato sejam compradas, inclusive, muitas das roupas apresentadas online são só digitais e têm uma aparência tão boa que parecem reais. Esta forma de venda evita a produção desenfreada de peças que poderão não vir a ser vendidas de ficarem amontoadas nas prateleiras.


Mas nada é tão sustentável e criativo como os modelos apresentados pela moda circular oferecidos por lojas de segunda mão. A Retry tem aqui um compromisso importante com os consumidores desde a recepção, divulgação e venda das peças em segunda mão, dando-lhes uma nova oportunidade de renascerem noutro corpo e brilharem.

Hoje com o acesso à informação e tecnologia o que vestimos diz muito sobre como enxergamos e reagimos aos problemas que nos cercam e sobre nossos valores.

Mas a sustentabilidade não é uma coisa recente. Se pensarmos que antes da “Vetements”ter instalado uma pilha de roupa numa montra do Harrods, em Londres, para chamar a atenção dos consumidores para o desperdício desmedido da indústria, já Vivienne Westwood tinha redigido um longo manifesto sobre tudo o de errado se estava a passar no planeta por conta da moda.

Stella McCartney por sua vez quando iniciou a carreira em 2001 tinha prometido a si mesma e ao mundo que faria de tudo para que todos nós tivéssemos um futuro num planeta onde se vivesse melhor e um dos seus compromissos foi acabar com o uso de pele animal e procurar materiais alternativos sustentáveis. Eileen Fisher, foi uma das mais importantes se não a maior pioneira da moda circular.

Em 1984 ,Eileen criou uma marca onde a sustentabilidade não foi encarada como estratégia de marketing mas sim como uma prioridade. Fundou o seu primeiro projeto de reciclagem em 2009, então chamado de “Green Eileen”, encorajando os consumidores a “devolverem” as peças da marca que já não usassem para que estas pudessem ser, posteriormente, revendidas com um desconto.

Fibras orgânicas, fibras responsáveis, tingimentos, certificados e tingimentos naturais foi uma das suas preferências  Assim como valorizar o comércio justo, o artesanato e o trabalho das mulheres. Seu lema: Lutar contra o desperdício, defender os direitos humanos, proteger os recursos naturais e combater as alterações climáticas.

Diz Eileen, “é necessário transitar de uma economia de usar e deitar fora para uma economia consciente.”
“Pensei bem e acho que não tenho de lhes dar a notícia deprimente de que o nosso planeta está a arder ou que esta indústria não é sustentável’.Acho que todos vocês sabem isso. E sei que muitos de vocês já estão a fazer um bom trabalho. Por isso, quero aproveitar este momento para vos encorajar a usarem a vossa criatividade, e continuar esta missão”, declarou Vivienne Westwood é uma das criadoras mais estridente e inconformista da indústria da Moda.

Em 2012, aquando da apresentação da primavera/verão 2013 da sua Red Label, Vivienne Westwood tomou a passerelle de assalto, em jeito de eco-warrior pronta para lutar pelo meio ambiente, com uma t-shirt onde se podia ler “Climate Revolution”.

Westwood tinha apenas uma coisa a dizer: “Comprem menos, escolham bem, façam com que dure.” Passados anos, a “mãe do punk” reforçou a sua atitude punk com uma campanha extraordinariamente poderosa. “Parte da minha filosofia é — se tivéssemos cultura em vez de consumismo, não estaríamos nesta confusão ambiental” defendeu Westwood.

Os consumidores estão cada vez mais conscientes e informados sobre a sustentabilidade e estão exigindo mais transparência por parte das marcas sobre os produtos e forma de produção.

Mas apesar do impacto ambiental ser assunto do interesse de todos e por isso mesmo muito importante, importante também é o preço que se paga pelos produtos, o que pesa imenso na decisão da compra. Ou seja o preço, qualidade, modelo e estilo também constituem um factor ainda primordial.
Na teoria, a globalidade é o mais importante e cada vez há mais pessoas preocupadas com o futuro do planeta, mas na hora de pagar a factura a contabilidade de cada um impede que se tome a atitude mais acertada
No entanto, as marcas mais poderosas tomam as rédeas e já começam a dar relevância a este assunto enquanto outras se vão mantendo num romance de reflexão e “dolce far niente” acabando por não assumirem os encargos adicionais a que as atitudes sustentáveis obrigam.


Manter o equilíbrio entre a necessidade de salvar o planeta e o equilíbrio empresarial que evidentemente se irá refletir na economia do país, torna esta ação um acto que deverá ser bem ponderado uma vez que pode gerar maior desemprego e por consequência um maior desequilíbrio na economia.
Infelizmente produtos sustentáveis não são ainda acessíveis a qualquer bolsa pelo que é pela educação e consciencialização que se deve começar.
Pequenos gestos fazem toda a diferença. Não é possível mudar o mundo de um dia para o outro, mas é necessário e urgente informar as pessoas de forma a começarem a inserir hábitos novos nos seus hábitos comuns

Como já referi a indústria da moda é uma das que mais poluem o meio ambiente. Mas a moda sustentável é baseada na preservação do meio ambiente. É imperativo reduzir a quantidade de poluentes usados no fabrico dos produtos minimizando a retirada de matérias-primas da natureza. Todo o processo de produção até à distribuição e venda são atentados contra a sustentabilidade mas é um caminho muito extenso para se conseguir rapidamente reaprender e executar novos hábitos.
Apesar disso existem várias maneiras pelas quais a moda pode ser sustentável, mas de todo em todo não devem esquecer também os aspectos sociais e económicos.
A escolha das matérias-primas é um ponto importante da moda sustentável. Nesse caso, o ideal é que sejam utilizadas fibras biodegradáveis e produzidas sem o uso de pesticidas ou outros produtos tóxicos.

A fabricação de tecidos a partir de fibras sintéticas (poliester, viscose, nylon, etc.) necessita de uma grande quantidade de produtos químicos que poluem o meio ambiente. Já os tecidos naturais, como a lã, seda e algodão, não necessitam de tantos produtos químicos durante seu processo de fabricação.
No fabrico “da moda sustentável” é importante optar pelo uso de corantes naturais extraídos de matéria vegetal; ter a maior atenção à utilização dos recursos hídricos, já em déficit; substituir o algodão comum por orgânico entre outros; reduzir o desperdício dos tecidos durante as etapas de corte e costura; respeitar os direitos e garantir o bem-estar dos trabalhadores; priorizar a produção em menor escala; utilizar fibras recicladas, provenientes dos resíduos da própria produção ou dos resíduos pós-consumo, e de fibras e outras matérias-primas de qualidade que garantem uma maior durabilidade do produto.

Outra grande mudança é a compra digital. Com mais compradores a aproveitar as maravilhas do online, as marcas precisam de os acompanhar. Apesar de o virtual não deixar experimentar as peças em “braille”, estes requisitos são compensados pela conveniência e velocidade na aquisição.
As marcas de Moda mais bem-sucedidas do futuro não só vão disponibilizar os seus produtos online, como também vão criar uma experiência de compra digital imersiva através de ferramentas como o virtual fit ou stylists virtuais.
E a última mudança é a simplificação de tudo desde as tendências apresentadas nas passarelas até à entrega das peças ao consumidor.

Outras formas sustentáveis e essas sim, todos nós já podemos pôr em prática são:

- RECICLAR, por exemplo: se estragou um vestido, pode fazer uma blusa para sua neta, ou aproveitar o tecido para fazer um saco de pão;

- REUSAR - dar oportunidade à peça de sair mais vezes à rua recriando novos outifs;...

- MODIFICAR - transformar a peça aplicando tecidos ou acessórios para que fique como nova e diferente ou refazendo a peça modificando o modelo e dando origem a uma peça diferente e neste caso única.

E pense que todos estes pequenos passos que irá começar a dar são fundamentais para a sustentabilidade do planeta. Partilhe estas iniciativas com sua família e amigos. Salvar o planeta é uma tarefa conjunta e a sua presença é parte indispensável e integrante no processo.

Na verdade, só juntos e com a conjugação e empenho de todos poderemos começar a sentir os efeitos e melhorias no ambiente.


1 Resposta

Maria José Ferreira
Maria José Ferreira

agosto 31, 2022

Adorei! Estamos sempre a aprender e dá que pensar!
Muito obrigada por mais este contributo.

Maria José Ferreira

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