Stress, Angústia e Ansiedade, palavras que hoje em dia se ouvem inúmeras vezes reportando-se a imensas situações e relevantemente ao confinamento do COVID.
O nosso equilíbrio mental e físico passa por as mantermos em níveis menores, não preocupantes. Por outras palavras, embora se trate de sintomas que todos experimentamos na vida num ou noutro momento, se interferirem na nossa vida de forma a condicioná-la, no que concerne às nossas rotinas, ao nosso trabalho, à relação com os outros, quer seja social, quer seja mais próxima, então temos que nos preocupar e recorrer, a quem nos ajude a ultrapassá-los, como por exemplo, a um Psicólogo(a).
Contudo e sabendo que se trata mesmo de sintomas que fazem também parte de alguns momentos da vida de cada um de nós, nos mais stressantes e naqueles a que temos mais dificuldade em fazer face, devemos tentar baixar esses níveis de stress, recorrendo a estratégias individuais e cada um, saberá qual a melhor para si próprio.
Um dia de trabalho, obriga-nos a uma atividade contínua de atenção, concentração, esforço físico ou mental, subdividindo-nos por diversas tarefas em tempos quase cronometrados, o que acaba por nos causar elevado desgaste contínuo, levando-nos a sentir cansaço ao fim de algumas horas. Um dos fatores que acresce esse desgaste, são as rotinas repetitivas, bem como, não quebrar com os estímulos do meio laboral ou doméstico em que nos encontramos inseridos. Então, para contrariar esse cansaço e podermos distanciarmo-nos desse meio, relaxando e esquecendo pelos menos durante uma hora, tudo o que daí advém, devemos sair durante o intervalo de almoço, para sítios variados, permitindo encontrarmo-nos pelo menos, por vezes, com diferentes pessoas, que nos vão trazer dinâmicas e assuntos diversos.
Nos meios urbanos, que tal caminharmos para um local mais verde, com um pouco de natureza, o que nos relaxa desde logo, deixando-nos sentar tranquilamente num banco, num pequeno muro, à beira de um lago, onde podemos degustar com prazer o conteúdo da nossa lancheira ou de algo adquirido no momento, acompanhados ou apenas, gozando o próprio silêncio, deixando-se perder nos seus pensamentos... Tomar um café no regresso, fora do local habitual e observar ouras pessoas, outro vaivém citadino, que não o de sempre.
Quem vive num meio mais isolado poderá sempre da mesma forma, não almoçar em casa, mas recorrer a um local fora de casa, afastando-se e relaxar apenas. Ou então, porque não pegar numa bicicleta ou no seu carro e deslocar-se a um meio mais movimentado, onde poderá encontrar (ou ter marcado) um café animado que corte a solidão do dia.
Já experimentaram entrar numa igreja ou num museu, ou num claustro, num dia quente e deixar-se descansar naquele silêncio e frescura, apenas com os vossos pensamentos?... Lugares fantásticos quando desejamos mesmo, estarmos sozinhos sem interrupção e num encontro mudo consigo próprio, numa certa meditação.
Tentem nesses momentos desligarem dos telemóveis e afins, esquecerem qualquer interferência visual ou sonora, escutando e observando apenas, em vosso redor ou para dentro de vós.
Quantas vezes ao regressarmos, conseguimos num ímpeto, solucionar aquele problema que parecia não se resolver ou acabar de escrever aquela dissertação sobre um assunto em causa, que se encontrava suspensa ou sabermos o que dizer, aquela pessoa que aguardava um conselho ou orientação nossa.
Estes momentos em que conseguimos cortar o dia com uma atitude renovadora e inspiradora, torna-nos mais leves, mais próximos da natureza e como tal, de nós próprios, renovando o equilíbrio de cada um e dessa forma, promovem e mantêm a nossa saúde física e mental.
Para se lembrar dessa necessidade quando se sentir seriamente alterada(o) com o stress, recorra a uma Mnemónica: Ansiedade – Stress – Angústia: ASA! quando se sentir “ASA”, voe, libertando-se da rotina diária, por minutos que seja, e sinta-se de novo, mais leve e poderosa(o).
Que o voo vos leve e traga, renovados e libertos!
Matilde Proença
Los comentarios serán aprobados antes de ser enviados.